terça-feira, 23 de junho de 2009

Joel está certo ou não ?

Creio que nessa altura da semana todos já devem ter ouvido falar sobre a entrevista dada em inglês pelo técnico brasileiro da África do Sul - Joel Santana - após a partida de estreia da seleção local na Copa das Confederações.

Num primeiro momento eu, assim como a grande maioria das pessoas, achei aquela cena bizarra (ver abaixo) pois o inglês de Joel é grosseiro, chega a doer nos ouvidos de tantos erros e palavras "aportuguesadas". Me fez lembrar de Wanderlei Luxemburgo no Real Madrid com seu: "Soy técnico pero no soy mágico".

Brincadeiras à parte, acho que esse é um tema que vale ponderação. Será que vale a pena se esforçar para falar na língua local mesmo que isso culmine na sequência de erros vista no discurso de Joel ? Ou ele deveria ter continuado em português com tradutores mantendo um afastamento da imprensa e torcida local ?

Os puristas (e aquelas que tiveram oportunidades de estudar) certamente dirão que é um absurdo a entrevista dada. Outros poderão dizer que quando os gringos vem pra cá eles também erram demasiadamente e que a intenção de Joel foi nobre.

Eu realmente não cheguei a uma conclusão (a imprensa da África do Sul elogiou) mas tendo a achar que pelo salário que ele ganha e pelo tempo que já está lá poderia ter se preparado melhor (assim como fez Luiz Felipe Scolari - mas acabou demitido por sinal).

De qualquer forma aqui fica a pergunta: o que você faria ?


4 comentários:

  1. Putz... ele tentou... mas é complicado né...tadinho..
    bjs
    fe

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  2. Srs. o Joel Santana é isso aí . Esse sim é um purista do futebol, originado no povão e que chegou aonde chegou, por decorrência e/ou diríamos por desdobramentos.

    Como exigir um bom inglês, de quem mal sabe falar o razoável português. É louvável o esforço e a dedicação dele no sentido de se inserir no idioma local da forma que for possível, desde que ele seja entedido.

    No início da minha carreira eu tive um diretor que se relacionava muito comigo porque eu era responsável pelos relatórios gerenciais. Ele falava comigo num mal português, mas se fazia entender e atender seus objetivos.

    Eu gaguejava um razoável inglês, mas me inibia em conversar com ele na língua universal.

    Eu sabia que que ele era belga e falava 5 línguas e certa vez, em conversa de bar entre cervejas, ele me disse que não tinha preocupação em falar corretamente o português e sim que ele queria ser entendido o mais rapidamente, não importando se ele falava nóis fumo ou nóis vai, que é o caso do Joel.

    Neste caso sou Joel e não abro.

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  3. Prezado Blogueiro, estou com dificuldades em postar meus comentários aqui. Seria algum tipo de censura...rs ?
    Mas vamos ao tema em questão e desta vez serei objetivo ao extremo: A grande verdade é que, se eu fosse o Presidente da Confederção Sul-Africana, jamais (digo, JAMAIS) contrataria o Joel Santana. Ou seja, o "inglês" dele fica em segundo plano...

    Abçs;
    Ro.

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  4. É surpreendente a facilidade que algumas pessoas aprendem uma língua estrangeira e as dificultades que outras encontram. No caso de Joel Santana, avaliando-o como professora de inglês, posso dizer que ele ainda não desenvolveu tal "talento" (fluência) para falar em público. Como técnico de uma seleção, é fundamental que ele se expresse bem, caso contrário, não passará sua mensagem nem transmitirá confiança. Já, analisando-o como intérprete, em reuniões de negócios, audiências, seminários ou coletivas em que o locutor não estiver apto no idioma estrangeiro, deve-se recorrer a um profissional para que o assunto seja transmitido corretamente.

    Em uma reportagem da Folha, Joel, irritado com os comentários a respeito do seu inglês disse: "Brasileiro gosta disso. De tirar sarro. Tem cara fazendo um monte de besteira mas usa gravatinha e tem uma pastinha na mão, como brasileiro gosta. Eu aprendo o idioma no dia a dia. Meu negócio é produtividade e estou fazendo isso".

    Conclusão: este é um treinador, direto da África, querendo mostrar seu "jeitinho brasileiro".

    Beijos

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